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 Os artigos:

GRAFOLOGIA

4. A grafologia é uma ciência humanista e uma técnica de observação e interpretação que possibilita o estudo da personalidade pelo exame de um manuscrito.
O grafólogo trabalha somente com manuscritos, cuja autenticidade não possa ser posta em dúvida, estudando a personalidade, inclinações e comportamento do autor; e fará o seu trabalho somente em atendimento a uma solicitação feita em caráter profissional ou particular. O grafólogo se recusará a trabalhar com cópias ou reproduções dos manuscritos, aceitando somente os originais


5. O grafólogo não é um perito em grafotécnica. O objetivo desse último é identificar a autenticidade de um documento tendo como meio a comparação das grafias de documentos.


Para o artigo 4.

No prefácio (1949) à segunda edição do livro o ABC da Grafologia (de J. Crèpieux-Jamin, o sintetizador da grafologia científica), André Lecerf a certa altura escreve “A escrita é a única coisa viva que temos deles...”, referindo-se aos “...ancestrais distantes no tempo.” Na página 33, Jamin diz “...O estudo da natureza humana...em constante movimento...”. Estas observações apontam o sempre irrequieto espírito humano, tanto na parte intelectual (filosófica) quanto na prática, no sentido de constantes modificações nos instrumentos de que a Humanidade se serve. No que respeita à Grafologia, podemos descrever essa evolução tanto na área material, desde o primeiro carvão a servir de instrumento de escrita até a mais corriqueira esferográfica, passando pelas canetas a pena e as de tinta armazenável, quanto na mudança do espírito humano. Diz Jamin: “Seremos obrigados, a cada 20 ou 30 anos a revisar alguns sinais grafológicos...” (ABC da Grafologia), descrevendo profeticamente mas com conhecimento de causa, que não só os novos instrumentos de escrita não mais desenhariam alguns sinais como o próprio espírito humano, em mudança, não traçaria outros, típicos de certa épocas. A concretização dessa profecia ocorreu em julho de 2007 eis que a Sociedade Francesa de Grafologia lança um Glossário com a nova nomenclatura da grafologia Francesa (tradução José Carlos de Almeida Cunha, set/2007).


Em consonância com os tempos atuais, e as urgências que a modernidade paradoxalmente nos obriga a alcançar, “trabalhar somente com manuscritos” e “o
grafólogo se recusará a trabalhar com cópias...” deixou de ser uma baliza corriqueira, passando a ser um entrave ao relacionamento do grafólogo com seu analisando, suplantado pelo uso de modernos scanners cuja ‘cópia’ é altamente fidedigna ao original, agilizando muito o resultado dos perfis. Assim, o artigo 4 deste código de Ética passa a ter a seguinte redação:

4. O grafólogo originalmente trabalha com manuscritos, cuja autenticidade não possa ser posta em dúvida, estudando a personalidade, inclinações e comportamento do autor; fará o seu trabalho somente em atendimento a uma solicitação feita em caráter profissional ou particular. O grafólogo poderá
trabalhar com cópias fidedignas scanneadas no mínimo com 300dpis. Podendo haver acesso ao original em tempo hábil perante o analisando, este será o
documento prioritário para o perfil.


Para o artigo 5.


Nos albores da grafologia científica, seu fundador Crèpieux-Jamin escreveu várias obras, sendo uma delas As Bases Fundamentais da Grafologia e das Perícias em Escritas, ed. Alcan. Não havia, no início do século vinte, propriamente uma separação dos peritos em grafólogos e grafotécnicos, eram todos ‘grafólogos’. Tanto assim que Crèpieux-Jamin foi solicitado a ser um dos peritos para estudar a veracidade de documentos no célebre caso Dreyfus (que se arrastou até mil novecentos e seis) conforme se vê no texto não traduzido abaixo, como ilustração.


http://www.gabineteperitajes.com/assets/noticias/Dreyfusylosexpertosenescrituras.pdf


De tres peritos nombrados, dos solicitaron "asesoramiento" de Bertillon Para que durante el proceso, se consoliden los resultados se recurrió a tres peritos:
Eugene Pelletier, Marin Ettiene Charavay y Pierre Teyssonieres. El primero rechazó el ofrecimiento, sosteniendo que  el “Bordereau” no estaba disimulado. Charavay aceptó la oferta pero con el compromiso de que Bertlilon lo ayudase; para él lo que contaba eran las semejanzas y no las diferencias. A su vez Teyssonnieres también solicitó la cooperación de Bertillon y su veredicto fue que el culpable era Dreyfus, El 29 de octubre de 1894, Charavay y Teyssonnieres confirman el resultado de Bertillon (8), conclusión que no había tomado en cuenta el examen de los aspectos generales. Teyssonnieres  posteriormente fue expulsado del Tribunal Judicial del Sena por graves faltas contra la moral. La evaluación de Teyssonnieres para concluir que la letra del "Bordereaux"
pertenecía a Alfred Dreyfus se la presentamos:

Imagem1

El grafismo en el ovalo de la muestra sospechosa es abierta en su cima y con un remate acerado.

Su simbolismo grafico similar de Dreyfus, presenta apertura abotonada con cierre rectilíneo

En el estudio de la muestra incriminada (1894), el trazo es lento y tremoroso de ápice rectilíneo, el recorrido indicado con la flecha es torsionado. La muestra del titular relacionada con el óvalo punteado es firme de base angulada.


Doce peritos reconocidos internacionalmente Cuando se reprodujo una copia del “Bordereau”, el hermano de Dreyfus recurrió a doce de los mejores peritos internacionales para que evalúen el documento. El caso fue reabierto y revisado en diversas ocasiones, interviniendo además de Jules Crépieux-Jamin, prestigiosos expertos de todo el mundo que aportaron dictámenes exculpatorios: Preyer (Alemania), notable fisiólogo y grafólogo; Marneffe (Bélgica) y Gustavo Bridier (Francia); Gray Birch, doctor en Derecho y Gurrin (Inglaterra), experto del Ministerio de Finanzas y de la Banca de Inglaterra; Carvalho (Nueva York); Hurst, prestigioso grafólogo y Paul Moriaud, profesor de Derecho en la Universidad de Géneve (Suiza); Holt Schooling, importante escritor y grafólogo. Entre estos peritos estaban Crepieux-Jamin, Preyer de Rougemont. La docena de expertos concluyeron sospechoso de que el documento no era obra de Dreyfus.


Pellat, Edmond Solange (1875-1931) in http://www.graphicae.es/solange.html


Escrivão (perito calígrafo) da Corte do Sena e presidente da Sociedade Técnica de Peritos em Escritas.
Pouco se conhece de sua vida privada, sem embargo, laboralmente foi tremendamente ativo, deixando uma grande coleção de publicações. Como mestres
teve, talvez, os melhores: Crépieux-Jamin, Pierre Humbert (presidente da Sociedade de Grafologia) entre outros. Foi fiel defensor da análise de escritas (tanto para um posterior cotejo ou com fins plenamente grafológicos) sob as premissas de observação e experimentação, chegando a rebater contemporâneos de fama como Alfred Binet.
Foi em 1927 que Pellat formulou as cinco leis da escrita, dando um maior caráter científico à grafística ou grafotecnia.


Pela exposição acima, vemos que a Grafologia e a Grafotecnia têm a mesma origem, ou seja, tem os mesmos fundamentos, havendo a passagem da Grafologia para a Grafotecnia como a conhecemos hoje a partir de 1927. Portanto, nada impede que reformulemos o artigo 5º deste código de Ética , que passa ater a seguinte redação:

5. O grafólogo não é um perito em grafotécnica, o que não é empecilho para que, através do devido estudo, possa vir a sê-lo também. O objetivo desse último é
identificar a autenticidade de um documento tendo como meio a comparação das grafias de documentos.